quarta-feira, 27 de abril de 2022

Promover o Livro e a Leitura

 


"É um Livro", de Lane Smith narra uma história divertida e irónica, sobre os prós e os contras de dois tipos de tecnologias - quase duas formas diferentes de ver o mundo...

Absorvidos pela história, o nosso Laboratório de Artes, no âmbito do Clube do Cinema, preparou este belo filme que convidamos a assistir...


Alunos do AEG1 foram convidados a gravar podcasts com leituras retiradas de diversos livros. 

Para ouvir as leituras tem que fazer a leitura do QR Code que consta dos cartazes apresentados em baixo. 

Os alunos interessados a experienciar a iniciativa, deverão falar com os respetivos professores ou falar com os professores bibliotecários. 


  

  

  

  

  

  

  

  

terça-feira, 26 de abril de 2022

25 de abril de 2022 - 48 de anos de Liberdade

 


Esta é a madrugada que eu esperava
O dia inicial inteiro e limpo
Onde emergimos da noite e do silêncio
E livres habitamos a substância do tempo.

Sophia de Mello Breyner Andresen, in "O Nome das Coisas


Os senhores da Revolução, os capitães de Abril

O país viveu 48 anos em ditadura até que o dia da liberdade amanheceu com o Movimento das Forças Armadas nas ruas. O Estado Novo caiu e Portugal libertou-se da censura e da opressão. Há homens que ficam para a História.

Salgueiro Maia: o capitão

O rosto mais visível da operação militar. Pragmático e firme. Comandou as tropas revolucionárias de Santarém até Lisboa na madrugada do 25 de Abril. Juntou 240 homens e há uma célebre declaração que lhe é atribuída: “Meus senhores, como todos sabem, há diversas modalidades de Estado. Os estados socialistas, os estados capitalistas e o estado a que chegámos. Ora, nesta noite solene, vamos acabar com o estado a que chegámos”.

Cercou os ministérios do Terreiro do Paço e o quartel da Guarda Nacional Republicana, no Carmo, onde estava Marcelo Caetano, o então chefe do Governo, que se rendeu, se demitiu e partiu para o exílio, no Brasil. Nas horas seguintes, era criada a Junta de Salvação Nacional.

Salgueiro Maia era capitão, frequentou a Academia Militar e a Escola Prática de Cavalaria, esteve na linha da frente da Revolução de Abril, a liderar momentos tensos, membro da comissão coordenadora do MFA desde o início. A marcha da coluna militar até ao Carmo é acompanhada por civis, por gente nas ruas, que gritam “Abaixo o fascismo”, “Liberdade! Liberdade!”.

Depois de Abril, retomou a carreira militar e recusou as honras e o protagonismo que o país lhe quis dar. Sempre recordado nas comemorações da Revolução, este ano, a sua vida está no grande ecrã. O filme “Salgueiro Maia – o implicado” acaba de estrear com histórias ainda não contadas sobre este capitão de Abril que morreu em 1992 com apenas 47 anos.

Vasco Gonçalves: o general

Militar, general, um dos coordenadores do MFA, integrou a comissão de redação do programa desse movimento, liderou o conselho revolucionário. Combateu na Guerra Colonial e percebeu que aquele conflito não fazia sentido. Por isso, aderiu ao Movimento dos Capitães em dezembro de 1973. Depois da Revolução, foi nomeado primeiro-ministro nos segundo, terceiro, quarto e quinto governos provisórios, no período que ficou conhecido como Processo Revolucionário em Curso (PREC). Morreu em 2005.

Vasco Lourenço: o coronel

As memórias de Abril apresentam-no como um dos principais impulsionadores do Movimento dos Capitães. Tenente-coronel, fez parte da comissão coordenadora do MFA, é preso nas vésperas da Revolução, transferido para Ponta Delgada, Açores, onde assiste ao golpe militar. Um dos fundadores e atual presidente da Associação 25 de Abril.

Otelo Saraiva de Carvalho: o estratega


Um dos nomes mais conhecidos do grupo dos militares de Abril, um dos homens que elaboraram o plano da Revolução. Sempre ao comando das operações. O estratega, o cérebro, o comandante, com vocação para a tática de artilharia. Morreu em julho do ano passado. Em 1983, foi agraciado com a Grã-Cruz da Ordem da Liberdade.

Um homem polémico, candidato à Presidência da República por duas vezes, esteve preso por envolvimento na rede terrorista FP-25. Polémicas à parte, a história apresenta-o como um ícone da Revolução. Ao longo da vida, partilhou, diversas vezes, o que lhe ia na alma naquele Abril de 1974, no golpe que derrubou Marcelo Caetano que estava no Governo (Salazar tinha morrido há cerca de quatro anos). Correu tudo mais ou menos como tinha planeado. “Este povo, que viveu 48 anos sob uma ditadura militar e fascista, merecia mais do que dois milhões de portugueses a viverem em estado de pobreza”, disse, certo dia, à distância da Revolução. Nunca se arrependeu do 25 de Abril, em sua opinião, “o mais notável acontecimento da História contemporânea”. “Sou do 25 de Abril um orgulhoso protagonista”, referiu, em 2011, nas comemorações do dia da Revolução.

Podes aceder ao artigo integral do JN TAG aqui.

O dia em que a liberdade venceu - 25 de abril é uma data muito importante para todos nós, portugueses. Até para ti, que nasceste algumas décadas depois. Na edição de abril, podes ler um artigo em que te contamos o que aconteceu naquele dia de 1974 e porque foi tão importante.

Póster «O que é que o 25 de abril tem a ver comigo?», perguntas tu. «Muita coisa», respondemos nós. Descobre 12 coisas que hoje te facilitam a vida, mas que só são possíveis graças à Revolução dos Cravos.

A revista está disponível na biblioteca para consulta. 

RTP Ensina - Recursos

Vídeo - No 25 de abril de 1974 um grupo de militares derrubou a ditadura em Portugal e devolveu a liberdade à população. Num minuto fica a saber como funcionava o Estado Novo e o que aconteceu no dia da revolução.

Na madrugada de 25 abril de 1974, forças militares ocuparam pontos estratégicos em Lisboa e derrubaram a ditadura do Estado Novo, implantada também por militares em 1926. Para mais informações, clica aqui.

Público - As linhas da liberdade

Até que se pudesse gritar "Vitória!" no Largo do Carmo, em Lisboa, as voltas e os caminhos que a Revolução tomou foram muitos. Uns previsíveis (e planeados), outros nem tanto. Quando se comemoraram os 25 anos do 25 de abril, em 1999, o ex-jornalista do PÚBLICO Adelino Gomes (um dos repórteres de abril) trabalhou num suplemento, onde para além de uma notável reconstituição dos factos dos dias quentes da Revolução se revelaram os soldados da coluna de Salgueiro Maia que derrubaram a ditadura... 

Poderás aceder a uma apresentação sincronizada da Cronologia e Protagonistas, clicando aqui.


Centro de Documentação sobre o 25 de abril, da Universidade de Coimbra -  Arquivo Electrónico/ O 25 de abril para os mais novos
Fica a saber mais sobre o 25 de abril, consultando o artigo Portugal: Revolução e transição para a democracia
Para mais informações sobre o 25 de abril acede ao flipboard.

segunda-feira, 11 de abril de 2022

Feliz Páscoa


A PAZ SEM VENCEDOR E SEM VENCIDOS

Dai-nos Senhor a paz que vos pedimos
A paz sem vencedor e sem vencidos
Que o tempo que nos deste seja um novo
Recomeço de esperança e de justiça.
Dai-nos Senhor a paz que vos pedimos
A paz sem vencedor e sem vencidos
Erguei o nosso ser à transparência
Para podermos ler melhor a vida
Para entendermos vosso mandamento
Para que venha a nós o vosso reino
Dai-nos
A paz sem vencedor e sem vencidos
Fazei Senhor que a paz seja de todos
Dai-nos a paz que nasce da verdade
Dai-nos a paz que nasce da justiça
Dai-nos a paz chamada liberdade
Dai-nos Senhor paz que vos pedimos
A paz sem vencedor e sem vencidos

In Dual (1972) – Sophia de Mello Breyner Andresen

Como trabalhar a guerra com as crianças e jovens? Propostas educativas/Recursos

Guerras e conflitos militares provocam sentimentos de medo e ansiedade e aumentam o discurso de ódio, a prática de violência e discriminação.

Habitualmente são as próprias crianças e jovens que abordam o tema e esta é uma oportunidade para educadores, pais - e professores bibliotecários - dialogarem com naturalidade.
A UNESCO apresenta oito sugestões que devem orientar este diálogo e das quais destacamos cinco:

 - Descubra o que sabem e como se sentem

O que sabes/ ouviste dizer sobre a guerra? Como é que te faz sentir? O que significa para ti?

Ler um livro, fazer um desenho, contar uma história e episódio da vida diária sobre o tema podem ser pontos de partida para responder a dúvidas e dialogar, de forma espontânea, rigorosa e sensível. É importante não desvalorizar as preocupações das crianças e assegurar-lhes que o que sentem é natural e que podem falar com um adulto de confiança sempre que quiserem.

- Mantenha-se calmo e adequado à idade

As crianças têm o direito de saber o que acontece no mundo e o educador tem o dever de as informar com sensibilidade, adequando a linguagem à sua idade e reações e poupando-as ao sofrimento, transmitindo-lhes que estão em segurança e que há muitas pessoas e instituições a trabalhar para construir a paz.

- Espalhe compaixão, não estigma

Na abordagem da guerra, é importante não atribuir rótulos que diminuem e discriminam os seus intervenientes (exemplo: “pessoas más”) e saber se as crianças e jovens estão a sofrer ou contribuir para o bullying e passar a mensagem de que a violência nunca é a resposta certa para um conflito e de que cada um deve fazer a sua parte para ajudar a resolver os problemas da sociedade.

- Concentre-se nos que ajudam

Identificar e partilhar histórias positivas de coragem e generosidade, discutir sobre modos de participar na ajuda aos refugiados e consciencializar para a paz – através de poster, história, poema, fotografia e angariação de bens - podem ser formas de obter e transmitir conforto e segurança.

- Limite a avalanche de notícias

A invasão da Ucrânia pela Rússia pode ser testemunhada em direto, através de vários canais de comunicação: televisão, imprensa, redes sociais.
Neste contexto, é importante que educadores e responsáveis pela biblioteca estejam atentos à forma como crianças e jovens, sobretudo os mais novos, estão expostos às notícias, pois muitas incluem conteúdos violentos e que discutam com elas fontes confiáveis e tempo que devem gastar a consumir estas notícias e as incentivem a entreterem-se de forma prazerosa, por exemplo, jogando um jogo em equipa ou lendo.


A Rede de bibliotecas disponibiliza um conjunto de propostas educativas, centradas nas crianças e jovens, que visam a reflexão e ação solidária em contexto de guerra e crise de refugiados:

Dinâmicas de acolhimento  

Sugestões de atividades 

Recursos para pensar 

Português Língua Não Materna 

Organismos de apoio 

Recursos específicos para alunos ucranianos